É essencial que a paciente saiba que a descoberta da doença pode estar longe de ser apenas uma sentença negativa
Apesar do crescente número de casos da doença – só em São Paulo, são esperados 18.280 novos casos de câncer de mama em 2021, de acordo com a estimativa realizada pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) – em contrapartida, nos últimos anos ocorreram importantes avanços nos tratamentos, principalmente no que diz respeito a cirurgias menos mutilantes, assim como a busca da individualização de todo esse processo.
De acordo com o oncologista Daniel Gimenes, do CPO Oncoclínicas, o tratamento varia de acordo com o estágio do tumor e suas características, além de depender também das condições da paciente – fatores como idade, comorbidades e status menopausal.
Ainda de acordo com o oncologista, o acesso à informação de qualidade é um grande aliado no combate à doença.
Confira as principais informações que todas as mulheres devem saber sobre câncer de mama, esclarecidas pelo Dr Daniel Gimenes:
É importante fazer mamografia a partir dos 40 anos, mas já existem exames que são capazes de detectar alterações em mulheres mais jovens, como ultrassonografia e ressonância magnética,.
Já que a mamografia apresenta limitações nesta faixa etária, devido às mamas densas das pacientes, o que dificulta a identificação de eventuais tumores.
Vale lembrar que o auto exame, apesar de ser importante para o conhecimento do corpo, não é a melhor forma de detectar o câncer de mama precocemente – quanto o tumor já é palpável, é porque provavelmente já está mais avançado.
Manter uma alimentação balanceada (priorizando alimentos in natura e evitando ultraprocessados e bebidas alcoólicas), praticar atividade física regularmente, manter o peso corporal adequado.
E, caso tenha a oportunidade, aderir ao aleitamento materno, são hábitos que podem reduzir em até 28% o risco de desenvolver câncer de mama, além de evitar a recidiva da doença.
Em casos de mulheres jovens, existem técnicas para a preservação de fertilidade durante o tratamento oncológico.
No entanto, é importante que a paciente converse com o seu médico sobre os riscos e as possibilidades logo que receber o diagnóstico – antes mesmo de iniciar o tratamento.
A forma como essa preservação será feita deve ser totalmente individualizada, levando em conta o estado geral da paciente e seus anseios.
As opções normalmente são: congelamento de óvulos ou de embriões, congelamento do tecido ovariano e supressão da função ovariana.
Hoje em dia, nos casos de câncer de mama em estágio inicial, a cirurgia mutilante perdeu muito espaço para tratamentos mais conservadores, como a resseccao segmentar!
Nem todo câncer de mama é hereditário – ou seja, uma mutação herdada.
No entanto, a mutação genética pode ocorrer ao longo da vida, em razão de condições externas, como estilo de vida e ambiente.
Não são todos os tratamentos oncológicos que são responsáveis pela queda capilar.
A quimioterapia é um tratamento que afeta as células que se multiplicam com frequência, como as responsáveis pelo crescimento do cabelo, causando alopecia no paciente.
Existem alternativas para que não haja queda de cabelo durante o tratamento?
Não são todos os tratamentos oncológicos que são responsáveis pela queda capilar.
A quimioterapia é um tratamento que afeta as células que se multiplicam com frequência, como as responsáveis pelo crescimento do cabelo, causando alopecia no paciente.
Porém, atualmente existe uma técnica capaz de preservar a maior parte dos fios:
A crioterapia – uma touca gelada que resfria o couro cabeludo e promove a contração dos vasos sanguíneos.
Tal esfriamento cria uma espécie de capa protetora que preserva os folículos pilosos e reduz a quantidade de medicamento que chega às raízes, o que reduz a queda capilar.
É importante que cada mulher tenha autonomia e protagonismo de definir o que é melhor para si:
Raspar o cabelo, buscar próteses capilares ou optar por alternativas que diminuam a queda dos fios.
Fonte: Guia da Farmácia
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