Com crescimento durante a pandemia, setor mostra que presença digital tem tudo a ver com a localização da loja física. Veja algumas lições que o setor farma pode tirar do processo de digitalização das farmácias
O mercado farmacêutico cresceu durante a pandemia e, junto com ele, a digitalização farmácias de bairro.
De acordo com dados da consultoria IQVIA, o faturamento das farmácias em 2020 foi de R$ 139,37 bilhões, contra R$ 120,54 bilhões do ano anterior.
“Uma característica desse ano foi um crescimento maior das farmácias nos bairros. Isso se deve ao fato de que, com o isolamento, as pessoas tiveram que ficar em casa e passaram a consumir mais em farmácias próximas e não nas das regiões centrais”, afirma o presidente da Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar), Edison Tamascia.
A saber, hoje, há 86 mil farmácias no país, sendo que 58 mil se enquadram como pequenas ou médias empresas.
De acordo com dados de outra associação deste mercado, a Associação Brasileira Redes Farmácias Drogaria (Abrafarma), o segmento de e-commerce e delivery ganhou relevância e, portanto, cresceu 137% no período.
No entanto, ainda corresponde a apenas 3% do total do faturamento do setor.
Neste contexto, farmácias de bairro que fizerem um processo efetivo de digitalização vão se destacar perante à concorrência, tanto em relação a seus pares, quanto às grandes redes farmacêuticas.
Essa é a aposta da Napp, empresa de integração de dados e sistemas no varejo.
Ela, que, depois de ajudar na digitalização de lojas em shopping centers, agora mira as farmácias independentes.
Muito trabalho
O cofundador da Napp, Bruno Zenatte, revelou que a grande barreira para pequenos farmacistas ingressarem no universo online está na quantidade de trabalho que este processo gera.
“O que fazemos é oferecer uma solução que tira 70% do trabalho, porque sabemos que esse empreendedor já tem equipes fechadas que atendem no balcão do ponto de venda”, explica.
Nesse sentido, a tecnologia da Napp já automatiza a integração entre os dados do estoque físico com todas as plataformas digitais, desde o Google, redes sociais como Facebook e Instagram, e marketplaces como Mercado Livre e Magazine Luiza.
Veja algumas lições que negócios de qualquer setor podem tirar do processo de digitalização das farmácias.
1 – Presença digital e localização da loja física se relacionam
Bruno Zenatte usa muito o conceito de “ser o dono da localidade” para falar sobre a importância da presença digital.
Ou seja, no contexto atual, para fortalecer a presença no espaço físico, é necessário também estar disponível para o consumidor que navega digitalmente.
Isto porque, mesmo no ambiente online, as pessoas preferem comprar de lojas próximas a elas,.
Seja pela rapidez do delivery, seja para retirar o produto com mais conveniência.
“Ajudar o pequeno negócio a levar seu estoque para o meio digital é fazer ele ser o dono da localidade dele, mas não só olhando para uma porta que é a porta do negócio físico, e sim abrindo mais portas aos clientes”.
2- Digitalização é ter inteligência de mercado
A Napp oferece à farmácia de bairro uma plataforma de monitoramento do mercado, tanto com informações de outras lojas independentes próximas a ele, quanto de e-commerces das grandes redes.
Dessa forma, o empresário consegue comparar preços, ver quais produtos estão em alta e, então, definir a melhor estratégia para seu negócio.
“Conseguimos nortear o farmacista, em tempo real, em relação à precificação dos produtos”, explica.
3- É possível concorrer com as grandes empresas
Por conta do volume, é natural que grandes redes de farmácias consigam colocar preços mais baixos que as farmácias de bairro.
No entanto, isso não significa, porém, que não dá para concorrer com estes players.
Com um investimento relativamente baixo em mídias digitais, as pequenas farmácias podem usar a geolocalização das plataformas de anúncios.
E, assim , atingir exatamente o público que está próximo.
E, de acordo com o cofundador da Napp, o atendimento personalizado e a localidade ainda são diferenciais no mercado.
Podendo, portanto, fazer o cliente escolher comprar do farmacista pequeno ao invés de optar pelo delivery de uma grande rede.
Fonte: Guia da Farmácia
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